09/02/2015 11:30:00
O vereador Cícero Custódio (PV) externou sua tristeza e indignação com os fatos ocorridos no Hospital Esaú Matos nos últimos dias: três mulheres tiveram seus partos na recepção do hospital por falta de atendimento, um dos bebês não resistiu e acabou morrendo. Cícero ressaltou que esses acontecimentos são reflexos de deficiências graves na gestão de saúde em âmbito nacional. Ele citou, por exemplo, a defasagem da Tabela de Procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). É ela que estabelece os valores pagos por cada procedimento realizado pelo SUS. “Como um gestor pode hoje administrar com uma tabela que há 11 anos não sofre reajuste?”, questionou.
Para o vereador, que trabalha na área da saúde há mais de 30 anos, a sociedade tem que brigar para mudar essa situação e um dos meios para isso é a própria atuação da Câmara. “Nós temos que ir pra cima”, conclama. Ele defende que a responsabilidade pelo caos que vive a saúde pública no país não é dos prefeitos e gestores de hospitais, estes estão reféns tanto da defasagem da tabela como do corte de recursos. Segundo o edil, Conquista sofreu uma redução drástica no repasse, por parte do Ministério da Saúde, dos recursos de alta e média complexidade destinados aos hospitais municipais. Segundo ele, em janeiro deste ano a cidade recebeu apenas R$ 5 milhões, três a menos se comparado com o mês anterior, quando esse valor foi de R$ 8 milhões. Esse repasse cobre procedimentos como biopsias, radiografias, hemodiálise ou quimioterapia. Para o vereador, com os corte e a defasagem da tabela fica inviável manter as instituições de saúde.