O vereador Andreson Ribeiro (PCdoB), na sessão especial realizada nesta sexta-feira, 20, iniciou sua fala parabenizando as diversas representações que comparecem ao evento, lotando o plenário. O vereador homenageou o diretor presidente da Fundação de Saúde de Vitória da Conquista (FSVC), Pe. Edilberto Amorim, que destacou como uma pessoa valorosa que tem contribuído com o desenvolvimento de Conquista.

Porém, Ribeiro disse que não se pode “tapar o sol com a peneira”. Ele falou dos problemas macro da saúde como a defasagem da Tabela de Procedimentos SUS, tema bastante destacado pelos vereadores da Comissão de Saúde. Para ele, os preços da tabela são impraticáveis e o país precisa se unir para resolver o problema da saúde. “Daí começa parte desses problemas. Por outro lado, não podemos fazer toda e qualquer defesa dos fatos que recentemente aconteceram no Esaú Matos. Sabemos que é um equipamento de saúde que há anos vem cumprindo uma tarefa importantíssima e estratégica não só para Conquista, mas para toda região sudoeste”.

Andreson Ribeiro fez algumas críticas, sobretudo à falta de diálogo por parte do governo municipal, do qual ele também faz parte. “É um governo fechado, que não vem dialogando com a sociedade”, denunciou o parlamentar que ainda afirma que o Executivo “vem tomando suas decisões isoladamente, que não vem procurando setores organizados dessa cidade, a exemplo do Sindicato dos Médicos”. O edil ressaltou que as críticas são necessárias, mas “não podemos, a todo e qualquer preço, está jogando lama”. Para ele “é um governo de pessoas sérias, mas é muito autossuficiente no que diz respeito à convivência com as associações representativas e com as forças políticas dessa cidade”.  

Lembrou que durante as discussões sobre a criação da FSVC ele não era ainda vereador e sim procurador da Câmara e hoje indaga: “Qual é a essência da questão? É falta de aporte de recursos para o hospital?”. Mesmo sendo esse o problema, segundo o vereador, a solução passa por uma abertura maior por parte do governo municipal. Ele afirmou que deputados federais têm dificuldades em aportar recursos de emendas parlamentares para a cidade. “É uma novela, você busca o recurso em Brasília, mas aqui o município tem dificuldade em viabilizar a contrapartida”, explicou e ainda acrescentou que, além desse obstáculo, muitos vereadores não conseguem ser recebidos pelos secretários ou mesmo o prefeito para discutir tanto a vinda de emendas como outros assuntos.