Durante o seu pronunciamento na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada na manhã desta quarta-feira, 17, a vereadora Márcia Viviane (PT) acusou o Governo Municipal de mentir para justificar o que ela classificou como “incompetência técnica e administrativa” na gestão dos recursos da Saúde. “O que falta não é recurso financeiro. O que falta é competência técnica e administrativa dos entes municipais para realmente fazer um planejamento adequado pra a Saúde de Vitória da Conquista”, avaliou ela.

De acordo com Márcia Viviane, os recursos recebidos são suficientes para não permitir que Vitória da Conquista lidere os números de casos e óbitos causados pela dengue na Bahia, estando à frente, inclusive, de Salvador e Feira de Santana, municípios com população muito maior que a nossa. “Em 2023 Vitória da Conquista recebeu do Governo Federal R$ 192,4 milhões para as ações de Saúde do município. Isso apenas do Governo Federal, ainda tem a contrapartida do Governo do Estado e tem o que a lei exige, 15% de toda a Receita Corrente Líquida do Município”, apontou ela.

Márcia Viviane apontou ainda que a Câmara aprovou para o Orçamento de 2024 quase R$ 430 milhões para a Saúde. “Metade desse orçamento é custeado por recursos do Governo Federal. Então não tem desculpa para o município dizer que não consegui fazer ações de combate e prevenção ao mosquito Aedes aegypti porque faltou ação do Governo Federal. Isso é mentira”, alertou a parlamentar.

“O Plano Municipal de Saúde o município de Vitória da Conquista apresentou com dois anos de atraso ao Conselho Municipal de Saúde. É um município que trabalha no improviso. Ficou todo mundo dormindo em berço esplêndido enquanto se emitia alertas em relação à situação da dengue, e foram todos pegos de calças curtas. Agora querem culpar o Estado e o Governo Federal porque eles não tiveram competência suficiente para gerir todos esses recursos e as ações preventivas”, disse ela exemplificando o problema da má gestão da Saúde pelo Governo Sheila. “Faltou sim, competência técnica e compromisso político”, sentenciou.