Na sessão ordinária desta sexta-feira (23), o vereador Alexandre Xandó (PT) fez duras críticas à situação de abandono vivida por moradores dos condomínios do programa Minha Casa Minha Vida localizados na região dos Campinhos, em Vitória da Conquista. Durante sua fala, o parlamentar apresentou áudios de moradores e cobrou providências urgentes do Executivo Municipal.
De acordo com Xandó, a realidade enfrentada por quem vive nos condomínios Campo, Campo Verde, Margarida e Parque das Flores é marcada por negligência com serviços básicos de infraestrutura e transporte. “É um absurdo. Os ônibus já nem conseguem mais passar em algumas ruas, como a última do Campo Verde. A população está abandonada”, afirmou.
O vereador também chamou atenção para o estado de uma quadra poliesportiva na Margarida que, segundo ele, “virou uma plantação de milho”, e denunciou a ausência de lixeiras adequadas no Parque das Flores, a falta de iluminação pública e o acúmulo de lixo em vários pontos dos conjuntos habitacionais.
“Já fizemos indicações, já cobramos mais de uma vez, e parece que a Secretaria de Serviços Públicos não está ciente do que acontece ali dentro. A limpeza é feita apenas na via principal, sem entrar nos condomínios. O mesmo vale para os tapa-buracos: uma parte é feita e outra é ignorada, como no Campo Verde”, destacou.
Outro ponto de forte crítica foi a suspensão do transporte escolar para estudantes da Escola Municipal Professora Alícia Paiva Pedral. Segundo Xandó, o problema se repete ano após ano, prejudicando famílias dos residenciais América Unida, Europa Unida, Vivendas da Serra e Residencial das Rosas.
“O transporte foi suspenso por falha na contratação. Crianças estão ficando sem estudar. A direção da escola informou que não há como garantir o transporte. Meu próprio filho está sendo afetado. Enquanto isso, a Prefeitura gasta com shows, e as crianças ficam em casa por falta de ônibus escolar”, denunciou.
Xandó reforçou que já acionou o Ministério Público e o Conselho Tutelar em ocasiões anteriores, e afirmou que continuará cobrando soluções. “Exigimos respeito com os moradores desses residenciais. Isso não é apenas falha de gestão, é descaso com a dignidade das pessoas”, concluiu.
Por Anuska Meirelles