Na sessão ordinária desta sexta-feira (16), o vereador Edivaldo Ferreira Júnior (PSDB) utilizou a tribuna para comentar temas importantes da pauta municipal, com destaque para a valorização dos profissionais da educação e a situação do Hospital Esaú Matos.

Cumprimentando os professores presentes na sessão, o parlamentar ressaltou a disposição da Câmara em contribuir com o diálogo entre a categoria e o Executivo Municipal. “A Comissão de Educação da Câmara de Vereadores está também aberta ao diálogo com a categoria”, afirmou. Segundo ele, a intenção é contribuir, dentro do possível, para o avanço das negociações sobre o reajuste salarial dos profissionais da educação.

O vereador lembrou que a principal problemática em torno do reajuste é a data-base da categoria, fixada em maio por legislação. “Isso já é uma discussão antiga e que precisa ser ampliada, porque a data-base impõe um prazo muito curto para que o Executivo envie o projeto de lei e efetive o reajuste”, explicou. Nesse sentido, sugeriu ao sindicato que inicie o debate ao longo do ano, sem esperar apenas pelo período da campanha salarial.

Na sequência, Edivaldo Ferreira Júnior comentou fala anterior do colega Ricardo Babão (PCdoB), que mencionou a destinação de R$ 1 milhão para o Hospital Esaú Matos. O parlamentar ponderou que o valor é insuficiente para resolver os problemas estruturais da unidade. “Infelizmente, colega, R$ 1 milhão não dá para salvar o Esaú Matos”, afirmou, lembrando que o hospital atende cerca de cem municípios da região e funciona como porta aberta para diversas especialidades.

Com experiência na gestão da unidade, o vereador destacou o histórico de déficit enfrentado pelo hospital. “Fui procurador-geral do Esaú Matos na época do saudoso Herzem Gusmão e, desde aquele tempo, já havia um déficit absurdo. A situação só se agravou com o aumento da demanda”, disse. Ele relembrou que, em 2018, como vereador, conseguiu destinar uma emenda de R$ 1,5 milhão para o hospital, por meio do então deputado federal João Roma.

O parlamentar também fez críticas à ausência de investimentos por parte de parlamentares federais. “Desde 2011 temos um deputado federal do PT em mandato. Se tivesse destinado emendas anuais, mesmo que de R$ 500 mil ou R$ 1 milhão, certamente o Esaú Matos não estaria na situação em que se encontra hoje”, afirmou. Por fim, desafiou os colegas da Câmara a apresentarem um levantamento das emendas já destinadas por esse deputado a equipamentos públicos de Vitória da Conquista. “Gostaria que fosse trazido aqui para discussão o que realmente foi feito pela nossa cidade”, concluiu.

Por Anuska Meirelles