Na sessão desta quarta-feira, 17, o vereador Subtenente Muniz (PDT) usou a tribuna para expressar sua preocupação com a situação atual dos servidores da segurança pública da Bahia. Ele iniciou sua fala comentando que, apesar das discussões sobre segurança pública, não tem percebido avanços reais para a categoria, principalmente no que diz respeito à valorização dos policiais militares.
“O que temos é uma falta de aumento salarial, ausência de assistência adequada, e a inexistência de um plano de carreira que organize cargos e salários. Os servidores da segurança pública trabalham desmotivados. Vitória da Conquista é uma exceção, pois aqui a situação é diferenciada, mas no estado a realidade é outra”, afirmou Muniz.
O vereador fez um convite aos colegas policiais para que busquem esclarecimentos sobre eventuais benefícios e melhorias prometidas, já que, segundo ele, os policiais militares sequer sabem dessas melhorias. Ele criticou ainda um recente projeto do governo que, na visão dele, prioriza benefícios para oficiais superiores, sem resolver os problemas estruturais da segurança pública.
“O que precisamos mesmo é de valorização, porque o policial militar que arrisca a vida pela sociedade merece ser valorizado, assim como os servidores da saúde e da educação. Hoje, os policiais da Bahia não têm nem adicional de periculosidade ou insalubridade e possuem um dos salários mais baixos do país. Pesquisem e confirmem”, completou.
Muniz falou ainda sobre um projeto de lei de sua autoria que visa garantir mais segurança nos locais de prática esportiva, como academias e espaços públicos. Ele ressaltou a importância da instalação de desfibriladores automáticos externos (DEA) nesses locais, equipamentos essenciais para salvar vidas em casos de paradas cardíacas súbitas, citando um recente caso ocorrido em uma academia da cidade, onde uma mulher faleceu após um mal súbito, enfatizando que a presença de um DEA e de pessoas treinadas poderia ter evitado a tragédia.
“Não podemos continuar perdendo vidas por falta desse equipamento fundamental. Por isso, proponho que academias e espaços esportivos sejam obrigados a disponibilizar o DEA, com apoio da Prefeitura e da Secretaria de Saúde para capacitar profissionais a utilizá-los corretamente”, explicou.
Por Camila Brito