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Câmara discute situação das obras do terminal de ônibus da Lauro de Freitas

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaAudiência PúblicaNotíciaValdemir DiasMárcia Viviane Cicero CustódioFernando JacaréNildma RibeiroDanillo KiribambaRodrigo Moreira

08/06/2020 11:10:00


As obras realizadas pela Prefeitura Municipal no Terminal da Lauro de Freitas foram tema de audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Vitória da Conquista, de forma virtual, na manhã desta segunda-feira, 08. A desinformação sobre a execução dos trabalhos, ausência de planejamento adequado e o uso de recursos próprios nesse período de pandemia foram os principais pontos abordados na reunião, que contou com a participação dos vereadores da Bancada de Oposição da Casa do Povo e representantes dos comerciantes da Lauro de Freitas.

O vereador Danilo Kiribamba (PCdoB), autor da proposta, disse que as obras do terminal de ônibus da Lauro de Freitas estão sendo feitas com recursos do município, pois a Caixa Econômica ainda não liberou os recursos do Finisa 2. “A prefeitura está fazendo com recursos próprios, o que é inadmissível nesse período de pandemia”, lamentou, lembrando que esses recursos deveriam estar sendo investidos no combate à pandemia do novo coronavírus. “Isso é jogada política e eleitoreira, deixar de cuidar das pessoas pra fazer obra”.

Morador da Lauro de Freitas e empresário responsável por um empreendimento nessa avenida, Rafael Souza reclamou da falta de diálogo da prefeitura para a concepção e execução da obra. “Até agora ninguém da prefeitura falou nada. Foi muito aleatório, antidemocrático”, apontou ele. “Era pra gente ter feito um estudo antes”, cobrou. “Um dos meus questionamentos é sobre a vazão das águas pluviais. Tem estudo? Algum engenheiro fez? Esse estudo foi dimensionado, para não acontecer o que aconteceu na Olívia Flores?”, perguntou ele, temeroso de que as obras dificultem o escoamento de águas no futuro terminal de transbordo. Outras dúvidas apontadas pelo empresário foi para onde serão levados os ambulantes que foram tirados de seus posicionamentos originais, além de informações seguras de quando as estruturas começarão a ser instaladas, bem como o prazo para a finalização das obras.

A vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) cobrou da Prefeitura Municipal o detalhamento da obra. Para ela, a decisão de iniciar uma obra em meio a uma pandemia é temerária, porque afeta a população e os comerciantes da região. Nildma solicitou a presença de um representante da gestão municipal e da empresa responsável pela execução para que explicações sejam dadas à população e à Casa.

O vereador Cícero Custódio (PT) demonstrou tristeza em fazer parte de uma audiência tão importante sem nenhum representante do Executivo Municipal: “Mais uma vez a prefeitura falta com respeito ao Legislativo e à própria população”. Lembrou que muitas pessoas estão sendo prejudicas com a realização de uma obra “realizada sem planejamento”. Cícero disse que desde 2016 vem cobrando a realização dessa obra, mas que “esse não é o momento de executá-la. Estamos vivendo uma pandemia e o recurso poderia ser investido na saúde. Temos o exemplo dos testes que estão levando sete dias para serem feitos, poderia investir para agilizar esse processo”, explicou.

A vereadora Viviane Sampaio (PT) lamentou a ausência da Prefeitura Municipal na audiência, mesmo tendo sido convidada. Ela apontou que o Governo Herzem não enviou o projeto da obra para a Câmara Municipal. “Nós conhecemos o projeto do terminal de ônibus pelas redes sociais. O prefeito não teve a responsabilidade e o respeito de apresentar esse projeto na Câmara”, lembrou a vereadora. “Nós também queremos conhecer esse projeto”, disse ela, propondo que seja apresentado um requerimento para que o documento e o planejamento da obra sejam devidamente apresentados ao Poder Legislativo Municipal. Viviane criticou a falta de planejamento da obra, que tem provocado aglomeração de pessoas nas calçadas e nas portas das lojas, já que parte da Lauro de Freitas está interditada. “Realmente eu me assustei. Trouxe um prejuízo para os comerciantes e perigo para a população”, apontou ela.  “Esse Governo cuida das assessorias, mas da nossa população, infelizmente estamos realmente à deriva. Não é só de concreto que a cidade vive. A cidade precisa de políticas públicas”, emendou a vereadora.

Valdemir Dias (PT) lamentou a ausência de um representante da prefeitura na audiência. Ele afirmou que é recorrente essa prática por parte da gestão municipal. Segundo Dias, a atual gestão herdou recursos para essa ação, mas postergou a obra por mais de três anos. Para o vereador faltou diálogo por parte do prefeito, pois a obra foi iniciada sem apresentação de detalhes e num momento de crise com a pandemia.  

Rodrigo Moreira (PP) disse que fará uma convocação para que os secretários responsáveis expliquem ao Legislativo como está sendo realizada a obra do terminal: “Através da convocação eles são obrigados a nos responder, dando uma explicação sobre isso”. Segundo o vereador, “o executivo informou que a obra vai durar 18 meses, mas será se os comerciantes vão sobreviver a esses 18 meses?” Lamentou a falta de planejamento para a execução das obras e disse que “se o executivo tivesse feito um planejamento, teria colocado abrigos nos pontos, os comerciantes teriam participado das discussões, mas correram para cumprir os prazos da lei eleitoral”. O edil se disse contra a forma como a obra está sendo feita. “Teve tempo suficiente para realizar a obra e não fez”, concluiu.

O vereador Fernando Jacaré (PT) afirmou que a ausência da prefeitura na audiência é uma falta de respeito com Vitória da Conquista. Ele ressaltou que a Câmara aprovou recursos como o Finisa I e II, para a destinação de várias obras, inclusive revitalização do terminal. Segundo Jacaré, a prefeitura deve utilizar os recursos federais já aprovados para tocar a obra e não recursos próprios. Ele frisou que a pandemia exige um esforço financeiro da gestão municipal, que deve dirigir as verbas próprias para esse fim. Jacaré afirmou que “nós queremos um terminal moderno”, mas no momento certo. Para ele, a prioridade neste momento é cuidar das pessoas.  




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